A Cidade Mais Grega do Egipto;Alexandria


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Enigmática, Poliglota, Multicultural, sede do Conhecimento do Mundo Antigo, a mais Cosmopolita de todas, ponto de encontro entre intelectuais, a Alexandria Egípcia foi uma das principais e explendorosas Cidades no Delta Oeste do Rio Nilo, erigida sob o Comando de Alexandre, o Grande, quando do seu Domínio sobre Império Egípcio, tendo em Denócrates de Rodes o Arquitecto responsável pelo desenvolvimento do projeto. 
Fascinante pela Arquitectura em Estilo Grego,era na Cidade  que ficava o mais Famoso dos Faróis, uma das sete Maravilhas do Mundo Antigo. 
Com duas grandes Avenidas; a Avenida Norte-Sul e a Avenida Este-Oeste, dividiam a Cidade em 4 Bairros principais, denominados pelas 4 primeiras letras do Alfabeto Grego. A artéria principal (Este-Oeste), chamada Canópica, tinha 7,5 Km. de comprimento e 30 m. de largura e era ladeada por passeios. A artéria Norte-Sul desdobrava-se em duas largas áreas separadas por  árvores. 
Apesar da Cidade ser belíssima e o seu Farol Magnifico, a Biblioteca de Alexandria foi a instituição que marcou o Nome da Cidade na História. Com essa construção Alexandre objectivava criar uma Cidade para ser o ponto principal de ligação comercial do Império Grego em território Egípcio. 
A Alexandria no Egipto viria a ser a Capital, a luz do Helenismo no Oriente Próximo, durante quase 8 Séculos, do final do IV a.C., até o início do período Bizantino da História do Egipto, em fins do IV d.C., quando o Cristianismo já era majoritário. 
Um Pouco Sobre  Alexandria;

Em 332 a.C., o Egipto estava sob domínio Persa. Nesse mesmo ano, Alexandre, o Grande entrou triunfalmente como vencedor sobre o Rei Persa Dario III e os Egípcios aceitaram-no, aclamando-o como Libertador.O Egipto tinha grande quantidade de Colónias Gregas,há muito tempo, e portanto os Gregos não eram considerados como Estrangeiros.
No ano seguinte, a Cidade que Herdaria o seu Nome foi fundada no Delta do Nilo, sobre um antigo Povoado chamado Rakotis habitado por Pescadores. A escolha do local foi muito afortunada, pois estava ao abrigo das variações que o rio Nilo apresentava, e, por outro lado, suficientemente perto do rio para para que se pudesse chegar através das suas águas às Mercadorias destinadas ao Porto, através de um Canal que unia o rio com o lago Mareotis e o Porto.

O lugar escolhido ficava frente a uma Ilha chamada Faros, que com o tempo e as múltiplas melhorias que se fariam ficaria unida por um longo dique à Cidade de Alexandre. O Arquitecto que realizou esta obra chamava-se Dinócrates de Rodes. O Dique tinha um comprimento de sete Estádios (185 m é a medida de um Estádio), pelo que se lhe chamou "Heptastadio". A Construção do Dique formou dois Portos, de ambos os lados; o Grande Porto, a Leste, o mais importante; e o Porto do "Bom Regresso", a Oeste, que é o que ainda Hoje, se usa.
Nos amplos molhes do Grande Porto atracavam Barcos que tinham sulcado o Mar Mediterrâneo e as Costas do Oceano Atlântico. Traziam Mercadorias que se empilhavam nos cais; lingotes de bronze da Hispânia, barras de estanho da Bretanha, algodão das Índias, sedas da China. O famoso Farol construído na ilha de Faros por Sostral de Cnido, em 280 a. C., dispunha na alta cúspide de um fogo permanentemente alimentado que guiava os Navegantes, até 1340, quando foi Destruído.
O Arquitecto Dinócrates ocupou-se também do traçado da Cidade e fê-lo segundo um plano Hipodâmico, sistema que se vinha utilizando desde o século V a.C.: uma grande Praça, uma Rua maior com 30 m.de largura e 6 Km. de comprimento que atravessava a Cidade, com Ruas paralelas e perpendiculares, cruzando-se sempre em ângulo recto. Construíram-se Bairros em quadrícula. As Ruas tinham condutas de água para escoamento.
Quando Alexandre saiu do Egipto para continuar as suas lutas contra os persas deixou como administrador de Alexandria Cleómenes de Naucratis.

A Escola de Alexandria durou vários séculos (do final do século IV a.C. até o século VII d.C.), e durante esse período teve alguns momentos de glória... Alexandre, o Grande morreu no ano de 323 a.C., e nessa data estabeleceu-se o início da Dinastia dos Ptolomeus (iniciada por Ptolomeu I, um General de Alexandre que proclamou-se  Imperador). O maior promotor da Escola, entretanto, foi Ptolomeu II (que governou o Egipto de 285 a.C. a 246 a.C. Ele é tido como o protector das Letras e um Administrador eficiente (a ele se atribui a construção do Farol...). Foi depois dele, em 145 a.C., que ocorreu a primeira depredação da Escola. Ela foi Saqueada, como represália,numa Guerra Civil. Reestruturada, reencontrou um novo auge, e também o seu infortúnio, no século I a.C. Nesse período, foi Cleópatra (69 a.C.-30 a.C.), a última da Linhagem dos Ptolomeus quem Governou o Egipto .

A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores Bibliotecas do Mundo Antigo. Ela floresceu sob o Patrocínio da Dinastia Ptolemaica e existiu até à Idade Média, quando alegadamente foi totalmente Destruída por um Incêndio cujas causas são controversas.
Alexandria, às margens do Mediterrâneo, Reinou quase absoluta como centro da Cultura Mundial no Período do séc. III a.C. ao séc. IV d.C. A sua Famosa Biblioteca continha praticamente todo o Conhecimento da Antiguidade, em cerca de 700 000 rolos de Papiros e Pergaminhos. Seu Lema era “Adquirir um Exemplar de Cada Manuscrito Existente na Face da Terra”.
Acredita-se que a Biblioteca foi Fundada no início do século III a.C., Concebida e Aberta durante o Reinado do Faraó Ptolemeu I Sóter ou durante o do seu Filho Ptolomeu II. Plutarco (46 d.C.–120)escreveu que fora durante  a sua visita a Alexandria em 48 a.C.,que Júlio César queimou acidentalmente a Biblioteca quando ele incendiou  os seus próprios Navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por Via Marítima. De acordo com Plutarco, o Incêndio espalhou-se para as Docas e daí à Biblioteca.
No entanto, esta versão não é confirmada na contemporaneidade. Actualmente, tem sido estabelecido que a biblioteca, ou pelo menos segmentos de sua Colecção, foram Destruídos em várias ocasiões, antes e após o Século I a.C.

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