Conimbriga For Abandonada Mais Tarde do Que Se Pensava

Conímbriga não foi abandonada antes da Idade Média,o que contribuiu certamente,para o bom estado de conservação dos seus vestígios Arqueológicos. Depois da invasão da Cidade pelos Suevos, em 465 e 468, e do generalizado declínio da presença Romana na Península Ibérica, Conímbriga “sobreviveu além do que se esperava”... ao contrario do que sempre se pensara que o seu abandono tivesse sido muito rápido,depois das Invasões e dos saques dos Suevos, no século V.
Com as novas Investigações Arqueológicas  e a Descoberta de objectos de várias épocas posteriores à ocupação Romana da Península,levam a entender isso mesmo.
Com as Invasões, Conímbriga perde alguns aspectos da sua qualidade urbana, mas continua a ser habitada. A mostrá-lo estão vestígios da presença Muçulmana, e também da Ordem de Cristo.
As Necrópoles mostram a diversidade das posteriores ocupações; algumas Sepulturas, com o corpo depositado de costas e as mãos sobre o ventre,segundo os Rituais Cristãos; noutras, constata-se que há deposição em decúbito lateral, conforme a Fé Islâmica.
A cidade foi ocupada até ao século IX e apartir de então, deixa-se de se ouvir falar de Conímbriga e começa a ouvir-se falar em Condeixa-a-VelhaTambem outra cidade  vai crescendo em influência, a antiga "Aeminium", hoje conhecida por Coimbra.
Os objectos agora expostos nas vitrines do seu Museu correspondem a vários períodos. Para além de pedaços de cerâmica, há uma ânfora usada como caixão para os enterramentos infantis e, ao lado, um conjunto de fivelas, fíbulas e um elemento de arreio de cavalo, encontrados em escavações realizadas já no século XXI.
Dois marcos de propriedade com a inscrição “Almedina” fazem referência ao período da Ordem de Cristo, quando aquele lugar era conhecido como Almedina de Condeixa. Com excepção dos elementos metálicos, todos os vestígios expostos em Conímbriga, o fim da cidade romana vêm a público pela primeira vez.
Com o tempo, Conímbriga, apesar de manter sempre a muralha visível, acabou por se tornar num olival. Uma das imagens da exposição mostra “uma das fotografias aéreas mais antigas da Arqueologia Portuguesa”, captando os trabalhos que ali decorreram algures entre 1930 e 1939.

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