Palenque as Ruinas Maias

Foto de Gracinha Domingues.
Palenque é um sítio arqueológico maia situado próximo do rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas, 130 km a sul de Ciudad del Carmen.Caracteriza-se pelos muitos efeitos decorativos não encontrados em qualquer outro lugar. Alguns destes motivos parecem quase chineses e dão lugar a especulação imaginativa sobre o contacto Maia com a Ásia Oriental. Isto é muito improvável, mas o visitante é levado a fantasiar ao admirar estas maravilhas do engenho humano.Cortez passou a cerca de 30 milhas da cidade, e nunca soube que esteve tão perto.
O primeiro europeu a visitar este lugar foi um monge espanhol em 1773. Escreveu um livro em que reivindica ter descoberto um posto avançado da Atlântida. O segundo europeu a descrever o lugar, um funcionário real espanhol em 1784, escreveu uma descrição que permaneceu perdida nos Arquivos Reais durante um século. O próximo a vir, Capitão Antonia Del Rio em 1786, escreveu um relatório que esteve também perdido, até que inesperadamente uma cópia foi publicada em 1822. Em 1831, o Conde de Waldeck, um excêntrico herdeiro de uma família que tinha vivido dias melhores, chegou e montou seu Quartel General em cima de uma pirâmide que ainda hoje é chamada o “ Templo do Conde”.
Foto de Gracinha Domingues.
 Ele passou dois anos desenhando e escrevendo sobre este lugar. Seu trabalho foi minucioso. O conde viveu até os 109 anos. “O Templo das Inscrições” é talvez a mais interessante pirâmide-montanha de Palenque, além de ser a mais alta. “Templo das Inscrições”, assim chamado devido aos 617 hieróglifos gravados no seu interior. Lá estão os restos de K’inich Janaab Pakal, rei em cuja memória o templo foi erguido. Alojou a cripta de Pa Kal, poderoso sacerdote maia, descoberto em 1952. A cripta esteve intacta durante um milénio. “O Templo do Sol “data de 642. Tem um dos telhados melhor preservados de qualquer local maia. Os telhados foram ricamente decorados com fachadas falsas que dão uma idéia de grandeza aos edifícios maias. “O Templo do Jaguar” é talvez o exemplo mais intrigante de semelhanças com a arte Asiática. O templo exibe um motivo tipo "Cruz Folhada" que é quase idêntico ao achado em Angkor Wat no Camboja, e alguns dos baixos relevos têm motivos bem parecidos com os usados pela arte hindu.
Foto de Gracinha Domingues.
As pirâmides-montanha Palenque representavam o universo e serviam como meio de comunicação com o Além. Elas exaltavam o poder dos governantes. Os santuários ficavam no nível superior e representavam a criação do mundo, a união do subterrâneo com a superfície da terra e do céu. No nível inferior, as carrancas do “Monstro da Terra” marcavam a entrada do inframundo. Os labirintos no interior das grutas naturais e nos subterrâneos de Palenque mostravam o caminho para descer ao inferno. O rei passava por este ritual antes de ser glorificado. Buscava no subsolo o segredo para assegurar a ordem cósmica, e lutar contra o caos.

Comentários

Mensagens populares