O Dia Ruim do Rei Luís XVI


Em 21 de Junho de 1791, acompanhando a Revolução Francesa, Luís e sua rainha,Maria Antonieta, foram presos em Varennes, enquanto tentavam fugir da França. Em 21 de Setembro de 1791, a França aboliu a instituição da Realeza e se autoproclamou uma República. Finalmente, em 21 de Janeiro de 1793, o Rei Luís XVI foi executado pela guilhotina... Realmente há estranhas coincidências!!!!
Luís XVI de Bourbon, nascido em 23 de Agosto de 1754 em Versalhes e executado em 21 de Janeiro de 1793 em Paris, foi rei da França (1774-1791), depois rei dos Franceses (1791-1792). Era filho do delfim Luís e de Maria Josefa de Saxónia e esposo de Maria Antonieta da Áustria (com quem se casou com 16 anos).

Não pôde nem evitar a Revolução, apoiando as reformas económicas e sociais propostas por Turgot e Necker, nem tornar-se líder popular, por não compreender as aspirações do povo.
A política externa praticada por Vergennes e o Tratado de Versalhes restauraram o prestígio da França. Mas, no interior do país, a oposição cresceu; Calonne, seguido de Loménie de Brienne, tentou em vão resolver a crise financeira. Convocou a altamente aristocrática Assembléia dos Notáveis (1787) e nada conseguiu. Luís XVI teve de chamar de volta Necker (1788) e prometer a convocação dos Estados Gerais, que estavam à margem do governo havia 175 anos. Os Estados Gerais, que se reuniram em Versalhes em 1789, eram a reunião das três ordens da sociedade desde a Idade Média: o clero que reza (1º estado), o nobre que luta (2º estado) e o camponês que trabalha (3° estado). Estes factos marcaram o início da Revolução.

Os deputados do Terceiro Estado constituíram a Assembléia Nacional e depois Assembléia Constituinte. A família real foi trazida à força de Versalhes para Paris (Outubro de 1789) e sua tentativa de fugir do país foi frustrada em Varennes (20 de junho de 1791). A família real foi, então, feita prisioneira da Comuna insurrecional (10 de Agosto). A monarquia foi abolida em 21 de Setembro de 1792. Luís XVI, desmoralizado por sua tentativa de fuga e por suas negociações com o estrangeiro, perdeu completamente a popularidade. Encerrado no Templo e acusado de traição, foi julgado pela Convenção (julgamento iniciado em 11 de Dezembro de 1792) e condenado à morte, sendo guilhotinado em 21 de Janeiro de 1793. A rainha consorte Maria Antonieta foi executada seis meses depois. A sua morte provocou a união dos soberanos europeus contra a França revolucionária.
Pensa-se que as chamas da Revolução, em parte, foram atiçadas pelas mentiras que rodearam o famoso escândalo do colar, pelo facto do rei dar ouvidos à sua esposa, imprudentemente, sobre assuntos políticos e ainda ao ódio que muitos membros da nobreza e clero tinham contra Maria Antonieta, da linhagem da Casa de Habsburgos, eternos rivais da Casa de Bourbon e pela sua frivolidade e gosto pelo luxo.

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