A Vida Misteriosa de Cristóvão Colombo 1

 Já muito se tem escrito sobre a vida de Cristóvão Colombo, embora muito enredada em teias de mistério, tanto a sua origem, como a sua vida...No entanto sabe-se algumas coisas, através de Documentos e de narrações. Assim eu tentei fazer um apanhado deste Personagem emblemático, em varias partes. Mais para a frente irei detalhar algumas Teorias sobre Colombo, que espero que não percam, na continuação destes artigos...mas por agora irei apenas nomear o que se diz conhecer de Cristóvão Colombo; Espero que gostem!!!
Hoje começamos com a 1ª parte da narração;

Cristóvão Colombo, Navegador Genovês (Génova ou Savona, c. 1451 Valladolid, 1506). Foi um dos maiores Navegadores de todos os tempos.

É chamado o Descobridor da América , embora os índios já habitassem as Américas do Norte e do Sul milhares de anos antes da chegada de Colombo, em 1492. E também os Vikings já haviam explorado o litoral da América do Norte por volta do ano 1000. Porém no séc. XV os Europeus ignoravam até mesmo que esse Continente existisse. A chegada de Colombo às Antilhas levou a um contacto permanente entre a Europa e o Hemisfério Ocidental.

Anos de Preparação;

Infância;

 A data exata do nascimento de Cristóvão é desconhecida. Sabe-se, no entanto, que nasceu entre 25 de Agosto e 31 de Outubro de 1451.o nome de família era Colombo.
Depois de ter-se estabelecido na Espanha, passou a chamar-se Cristóbal Colón. O seu pai, Domenico Colombo, era um tecelão de lã que ocupava uma posição de destaque nos negócios do grupo social local. A sua mãe, Susana Fontanarossa, era filha também, de um tecelão de lã.

Cristóvão era o mais velho dos cinco filhos do casal. O irmão mais próximo, Bartolomeu, planejou a grande viagem juntamente com Cristóvão e tornou-se o seu braço direito em todas as suas empresas. O irmão mais moço, Diego, ajudou-o a governar a Hispaniola.

Quando moço, Cristóvão ajudava seu pai na tecelagem, embora sempre tivesse desejado partir para o mar. Génova era um importante porto marítimo. Os navios Genoveses transitavam pelo Mediterrâneo e pelas suas proximidades, muitos pequenos barcos navegavam entre Génova e outras cidades costeiras. Cristóvão certamente deve ter viajado num desses barcos quando era moço e aprendido a manejar os remos e as velas.

Colombo tinha pouca instrução. O dialeto Genovês que falava era quase uma língua diferente do Italiano. Quando viajou para o estrangeiro e teve de falar Espanhol, aprendeu a ler e escrever nesta língua. Colombo teve também de aprender sozinho Latim, pois os livros de Geografia eram escritos nesse idioma. Não resta qualquer informação a respeito de que espécie de rapaz teria sido. Mas a julgar pela sua vida posterior, Colombo foi um jovem sonhador e sensível.

As Primeiras Viagens;

 A oportunidade de partir para o mar surgiu entre os seus 19 e 20 anos, quando embarcou numa Galera Genovesa alugada pelo rei Renato, da Provença, para punir os Piratas Bárbaros. Depois Colombo fez uma ou duas viagens à ilha de Quios, no mar Egeu. Seguiu-se então a viagem que quase custou-lhe a vida. Seu navio, o Bechalla , fazia parte de um comboio que seguia de Génova para a Inglaterra. Em 13 de Agosto de 1476, o comboio foi atacado por uma frota inimiga na altura, em Lagos, Portugal. Cristóvão foi ferido e o seu Navio naufragou. Lançando-se ao mar com um remo e usando-o como salva-vidas, conseguiu chegar a terra firme. Poucos meses depois Colombo estava a bordo de uma Nau Portuguesa que aportou em Galway, na Irlanda. A Nau seguiu para o Norte da Islândia, em Fevereiro de 1477, antes de regressar a Lisboa.

Na Primavera de 1477, Cristóvão encontrava-se em Lisboa, a mais movimentada cidade da Europa e onde seu irmão Bartolomeu tinha uma loja que vendia mapas e instrumentos Náuticos. Os Portugueses tinham descoberto os Açores, colonizado a ilha da Madeira e explorado a costa da África quase até o Equador. Haviam inventado um tipo de Navio de fácil manejo, a Caravela, que era capaz de avançar contra o vento ao invés de simplesmente navegar a favor do mesmo. Os Portugueses estavam tentando chegar às Índias (nome que naquele tempo se dava à Índia, à China, ao Sudeste Asiático e ao Japão) contornando a Costa Africana. Queriam das Índias ouro, pedras preciosas, drogas e especiarias que chegavam à Europa somente por terra, em longas e dispendiosas Caravanas. Enquanto os Navegadores Portugueses estavam tentando chegar ao Oriente por uma rota difícil, contornando a África, Colombo pensava em seguir o caminho que julgava ser o mais fácil, navegando direto para o Oeste.

O Que Colombo Pretendia Fazer;

 Colombo não estava tentando "provar que a terra era redonda", como tem-se dito tantas vezes. Não precisava fazê-lo; as pessoas inteligentes de sua época sabiam que a terra era redonda. Colombo estava simplesmente tentando descobrir um caminho mais curto para as Índias. Paolo Toscanelli, um sábio de Florença com quem Colombo se correspondia, acreditava que o Japão ficava apenas 5.600km a Oeste de Lisboa. Colombo esperava que, Navegando 4.400km para Oeste, ao longo da Latitude das ilhas Canárias, iria encontrar um grupo de ilhas perto do Japão onde os nativos o aceitariam como senhor. Lá planejava fundar uma grande Cidade para negociar os produtos do Oriente e do Ocidente. Nas ilhas Filipinas, que os Espanhóis ocuparam cerca de 60 anos depois da morte de Colombo, esse sonho foi concretizado.
Primeiras Tentativas Para "Vender" o Seu Plano;

Colombo encontrou dificuldades para vender o seu plano simples porque os sábios que o examinavam faziam uma ideia mais correta a respeito das dimensões da Terra do que ele próprio. A rota aérea das Canárias até o Japão tem cerca de 20.400km. Colombo fizera uma estimativa errada das proporções do globo e da largura do Atlântico. Esse erro fez com que pensasse que o Japão ficava aproximadamente onde estão situadas as ilhas Virgens.

Colombo não pedia pouca coisa. Queria três navios equipados e mantidos às custas do Rei, uma grande parte dos lucros no comércio, o cargo de Governador em quaisquer terras que viesse a descobrir, e os títulos de Almirante e de Nobreza. Queria também que todos esses privilégios se estendessem aos seus filhos. Nenhum dos Exploradores Portugueses chegara a pedir tanto. O Rei D. João II de Portugal não se interessou em investir numa empresa que os seus peritos julgavam ser impraticável e recusou o pedido de Colombo em 1482.

Durante esse período Colombo viajara até a ilha da Madeira e o golfo da Guiné em navios Portugueses e tornara-se Capitão. Cerca de 1479, casou-se com uma Dama Portuguesa, Filipa de Perestrelo, e passou a morar na ilha da Madeira. Filipa morreu logo depois do nascimento do único filho do casal, Diego. Foi sepultada na igreja do Carmo, em Lisboa.

Sucesso na Espanha;

 Em 1485 Colombo seguiu para a Espanha a fim de oferecer seus serviços ao Rei Fernando e à Rainha Isabel, os Reis Católicos, ao mesmo tempo que Bartolomeu Dias tentava atrair o interesse de Henrique VII, da Inglaterra, e de Carlos VIII, da França. Cristóvão levou de Portugal para a Espanha o pequeno Diego. A cerca de 8km de Palos havia um Convento Franciscano chamado "La Rábida" , responsável por uma escola para meninos. Colombo decidiu deixar Diego nesse Convento enquanto seguia para a Corte. Pai e filho fizeram juntos a longa caminhada. Na porta do Convento, comeram um pedaço de pão e beberam um jarro de água. Enquanto se faziam os preparativos para Diego ficar, Colombo conheceu o frei António de Marchena que se tornou seu leal protetor e o recomendou à Rainha Isabel.

A Rainha, uma jovem mulher bonita e inteligente, simpatizou com Colombo e o colocou a serviço do Rei. Os seus peritos, porém, tiveram a respeito do plano a mesma opinião que os Portugueses. Além disso, Fernando e Isabel estavam em Guerra com os Mouros. Somente depois da Conquista de Granada, a última Fortaleza Mourisca na Espanha (2 de Janeiro de 1492), tiveram condições de negociar a viagem. Os peritos aconselharam os Soberanos a despedir Colombo, mas Luís de Santangel, o Tesoureiro Real, persuadiu a Rainha de que ela estava perdendo uma grande oportunidade. Isabel mandou chamar Colombo imediatamente e aceitou até mesmo penhorar as joias da Coroa para levantar o dinheiro. Porém o Tesoureiro forneceu a maior parte dos fundos para armar a frota. Isabel conservou suas joias e ganhou um Novo Mundo.

Cristóvão Colombo voltava para casa montado numa mula, quando o mensageiro da Rainha o alcançou. Deram-lhe tudo quanto havia pedido; navios, Títulos, Honrarias e percentagem nos lucros. A nenhum Descobridor se prometera tanto antes de realizar a sua proeza e nenhuma proeza de Descobridor conseguiria exceder em tanto a sua promessa.

Continua...
 

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